Sim, começo o texto de hoje com essa afirmação, para relembrar a importância que tem a campanha do setembro amarelo e mais do que isso, dizer que cada um de nós pode fazer a diferença na vida de alguém que está sofrendo.
Sem dúvida alguma, ter as necessidades básicas atendidas é indispensável para existir saúde mental. Por isso, carteira assinada, comida na mesa, acesso à educação e saúde fazem toda a diferença e cabe a nós cobrarmos políticas públicas que garantam esse mínimo. Porém, não podemos esquecer que o adoecimento psíquico é complexo e que existem ainda muitas outras variáveis que podem levar alguém ao ato de encerrar a própria vida, sendo assim, temos que cobrar nossos governantes continuamente, mas também precisamos olhar para nós mesmos e para as pessoas à nossa volta com uma empatia mais constante.
Eu sei bem que nem todo mundo tem formação profissional para ter uma escuta e um acolhimento com potencial de tratamento, mas para ser empático, para prestar atenção à outra pessoa ou mesmo oferecer ajuda para que ela chegue até um profissional, não precisa ter diploma universitário, precisa sim de disposição e paciência para aprender e exercitar a comunicação, a humanidade.
Eu reconheço também que os últimos tempos não tem sido nada fáceis, são tantas lutas a serem travadas, que bate o cansaço. Muitas pessoas não estão bem, e por isso mesmo te peço uma respiração profunda e te convido a olhar para si: como você está? Você tem compartilhado suas dores e seus desafios? O que você tem engolido ou “varrido para baixo do tapete”? Te convido a olhar de verdade para as pessoas ao seu redor, perguntar como elas estão, o que têm passado e sentido. Um ombro amigo, um desabafo e uma orientação podem salvar alguém! Uma ação que será plantada agora e cultivada pelo resto do ano todo, porque enquanto houver sol, ainda haverá chances. Vamos juntes?
Por Ana Carolina Alves Silva
CRP 06/138138
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