Nós mulheres assumimos na modernidade o posto de multitarefas, no qual precisamos fazer com perfeição tudo ao mesmo tempo.
E por vezes nós gostamos e nos vangloriamos por sermos assim, mas até que ponto é bom ser a Mulher Maravilha?
É satisfatório ver que a luta de nossas ancestrais pelo direito de trabalhar não foi em vão, vemos a cada dia um maior número de mulheres inseridas no mercado de trabalho, se adentrando em profissões diversas e significativas, podendo exercer de fato uma independência social e econômica, mas precisamos ser realistas e encarar que a guerra não foi vencida, tem muita coisa que precisa melhorar. Não nos foi dada completamente a chance de fazer isso de uma forma justa e saudável.
Hoje, a normatividade social exige que a mulher estude, construa uma carreira de destaque, case-se, tenha filhos, fique bonita. No campo profissional, a alta competitividade do mercado faz com que a mulher precise se superar o tempo inteiro, seja a melhor e ainda assim ganhe menos, ocupe menos cargos de liderança e seja diversas vezes abusada. Já na vida pessoal, amorosa e familiar não se pode aceitar nada menos que dedicação total. Tem que ser carinhosa, estar sempre bonita, comida feita, casa arrumada, filhos educados e quando muito sortuda tem um companheiro ou companheira que “ajuda”.
Chegamos ao ponto de acreditar que todas as tarefas são mesmo de exclusividade nossa, ou ainda de não aceitar ajuda com receio das atividades não serem tão bem executadas, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Toda essa pressão está nos levando à estafa física, stress, insônia, surgimento de doenças psicossomáticas e transtornos psicológicos.
Se cobre menos, divida as responsabilidades, seja no trabalho ou em casa.
Busque ajuda profissional, você não precisa abraçar o mundo!
Por Ana Carolina Alves Silva
CRP 06/138138
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