Para entender os lugares ocupados pela mulher atual, é necessário percorrer e conhecer a história da mulher, compreendendo a formação de sua identidade e contextualizando os papéis que nos foram atribuídos nesse percurso. Te convido para essa viagem histórica, onde sempre teremos um lembrete: somos fortes.
Começando pela antiguidade, os casamentos eram combinados sem o consentimento da mulher e, a união não consagrava o amor e sim um contrato entre o pai da noiva e a família do pretendente, onde a fecundidade era indispensável. Aqui, o lugar da mulher é reduzido à maternidade e destituída de sonhos, desejos e poder de decisão.
Já no início do XX, como consequência de muita luta por direitos, as mulheres garantem sua entrada para o mercado de trabalho formal de forma significativa! Apesar de reconhecermos um lugar de emancipação, as mulheres ainda sofrem com a obrigação de serem perfeitas em tudo: mulher, esposa, mãe, trabalhadora, educadora dos filhos, cuidadora da família e agente social.
No cenário atual, ainda existem grandes contradições para o papel da mulher: alguns a vêem de forma romantizada como uma “Julieta”, dos versos e prosas medievais; outros a vêem de forma ameaçadora quando não compreendem suas lutas. De qualquer forma, a mulher precisa ser compreendida a partir da sua integração no cotidiano da sociedade. Para nós, mulheres do século XXI, esse resgate serve para perceber que, afinal, somo fortes faz tempo! Desde o período colonial até os dias atuais. E que ao mesmo tempo que conquistas são alcançadas, há muita pressão para dar conta dos muitos papéis atribuídos à mulher. E são tantos que, vamos combinar, é praticamente impossível de serem realizados plenamente.
Em toda a nossa história, a união e organização entre as mulheres são os elementos motores para que mudanças favoráveis aconteçam. Vamos uma ajudar a lembrar a outra: lugar de mulher é onde ela quiser e pode não dar conta de tudo SIM.
Seguimos unidas!
Por Bartira Ramos
CRP 06/143526
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