Seja o belo corpo de deuses, ou o “high tech” de super heróis, a associação beleza-saúde-potência esteve sempre presente. Cuidar do corpo em si, nos afirma a indústria cultural, é indispensável. Mas, me responda uma coisa: se você vê uma pessoa gorda e uma outra magra na rua, você sabe me dizer qual delas pratica atividade física? Qual das duas é fumante? Quando o cuidado com o corpo tem como objetivo chegar a um padrão pré-determinado, estamos mascarando preconceito estético com saúde!
Quando pensamos em mulheres nesse contexto, a pressão se torna mais restritiva e exigente.
Você sabia que no mundo das imagens contemporâneas existem muito mais mulheres do que homens?
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Nossa cultura exibe a mulher, permanentemente, como forma de reforçar a objetificação e sexualização do corpo feminino.
Podemos enxergar esse padrão nos diversos elementos representativos de mulheres: Como são as Barbies, as mulheres do concurso de miss, das propagandas de lingerie? Brancas, magras, jovens e à disposição. Não é à toa que 90% dos casos de transtornos alimentares são vividos por mulheres. A ideia de que, para ser feliz e bem-sucedida, você precisa ser jovem e magra, é uma construção social e cultural. Como cumprir essa expectativa se somos feitos de desejos subjetivos e envelhecemos? Sabemos o quanto as mulheres “recortam e colam” pedaços de si para mostrar um “todo esperado”. Muitas vezes, o oposto ao que se é e se quer.
Nos tornamos algo que disseram para sermos e o caminho para liberdade pode começar com o cuidado da sua saúde emocional. Enxergar outra perspectiva das situações e querer olhar para o Eu de verdade faz parte da construção do Ser Inteira.
Em tempos de isolamento social, o corpo grita pela liberdade!
Por Bartira Ramos
CRP 06/143526
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