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Olimpiadas e igualdade de gênero

Foto do escritor: Sessão de PsiSessão de Psi

Atualizado: 7 de ago. de 2024

Texto referente às Olimpiadas de 2021


Ser mulher no Brasil já é difícil, mas ser mulher negra, nordestina e praticar esportes considerados “de homem” é nadar contra uma forte correnteza. E mesmo assim, elas estavam lá, representando o país de uma forma espetacular. O esporte feminino poderia ser um caminho de empoderamento e desenvolvimento humano, mas a realidade é que é desvalorizado, com menos patrocínio e menor espaço na mídia.



Eu não estou aqui pra romantizar a meritocracia desse tipo de evento ou a desigualdade de condições das atletas brasileiras nesse contexto. Mas assisti-las nessa olimpíada me encheu os olhos de alegria, o que há muito tempo não acontecia. Em um momento difícil como o que estamos vivendo, ver as mulheres mostrando sua potência foi muito importante para a minha saúde emocional. Ver a Rayssa Leal, com 13 anos, contrariando as estatísticas e dando show em um esporte marginalizado e majoritariamente praticado por homens, me encheu o peito de esperança. Ver a Rebeca ser a primeira mulher brasileira a conquistar medalha na ginástica artística, foi de tirar o fôlego.



Ver a Simone Biles respeitando seus limites e priorizando sua saúde mental e a Ana Marcela agradecendo o acompanhamento psicológico me despertou para a importância da minha profissão e desse debate que precisa de fato, ser democratizado. Ver a Mayara Aguiar ser a primeira brasileira a conquistar três medalhas olímpicas em um esporte individual foi lindo.



Ver a sororidade das atletas torcendo umas pelas outras, assim como a parceria e união do time de vôlei feminino foi incrível! Ver mais atletas da comunidade LGBTQIAPN+ e a primeira atleta transgênero e não binária a subir no pódio das Olimpíadas, Quinn, foi histórico e potente.



Ver a luta traduzida no rosto dessas mulheres me deu força para continuar, vontade de acordar para torcer por elas. E se hoje estamos vivendo isso, é porque outras mulheres estão resistindo e lutando desde 1932. Maria Lenk foi a primeira brasileira e mulher sul americana a participar de uma olimpíada!



Se mesmo com todas essas barreiras estruturais as mulheres fizeram o melhor resultado da história brasileira, imagina quando tivermos igualdade?




Por Luiza Maia Barbosa

CRP 06/153896

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Elaborado por Sessão de Psi 2023

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