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Por que um divã para dois?

Foto do escritor: Sessão de PsiSessão de Psi

Atualizado: 29 de mai. de 2024



Arte de René Magritte, Os Amantes


Pensar nos conflitos, nas razões pelas quais um escolheu o outro, nas expectativas e nas maneiras como esse encontro (ou desencontro) acontece. Além disso, algumas pessoas não conseguem ou não querem fazer uma análise individual e só aceitam fazer um tratamento se for com o cônjuge. Nesse caso, a análise de casal é uma possibilidade interessante de se para trabalhar esse convívio que está causando problemas.


Normalmente, quando os conflitos não se resolvem as pessoas criam uma distância grande dentro desse espaço “nós”. Discursos hiperpolarizados, em tom de acusação, expectativa ou exigência viram dia-a-dia. Enquanto um apresenta os conflitos dessa maneira “violenta" o outro acolhe ou rejeita esse discurso, mas projeta também sua própria insatisfação, num ciclo onde o foco fica sempre no outro e não em si mesmo.


A terapia de casal é o lugar que permite ao casal sair desse ciclo e reintrojetar o que é de cada um, elaborar suas questões e criar recursos para conviver e conversar melhor, com menos acusação e mais compreensão.


O que faz a terapeuta de casal?


Terapeuta não é juiz e nem orientador! Vale lembrar que no meu divã não sou salvadora, mas mediadora. O bom terapeuta de casal não é aquele que diz o que deve ou não ser feito, que julga quem está certo ou errado ou que deseja algo para o casal, mas aquele que oferece espaço e condições para que o casal decida o que é o melhor a ser feito. No desenrolar do processo, isso pode inclusive ser se separar.



Tem final feliz?


A alta não acontece porque o casal passa a não ter mais problemas, mas sim porque o casal apresenta uma mudança na maneira de falar sobre si e de acolher o discurso um do outro, sendo capaz de se colocar de forma mais responsável e consciente. Entender que não existe uma vítima, um vilão e um salvador. Mas é possível lidar com os conflitos de maneira madura, saindo do ciclo da vítima e do vilão. Os problemas são problemas, não pessoas. Compreender isso é uma libertação da culpa, da acusação, da recriminação e do julgamento.



Por Alessandra Azevedo

CRP 06/162000

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Elaborado por Sessão de Psi 2023

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